''Ser esquecida, segundo ela, é um pouco como enlouquecer. Começamos a perguntar-nos o que é real, se somos reais. Afinal, como pode algo ser real se não pode ser lembrado?''
O hype desse livro tá tão tão tããão grande que quase que eu não lia, porque fico sempre com um pé atrás. E, embora eu tenha visto muitos comentários negativos a respeito, resolvi embarcar na leitura. Não dá pra negar que a premissa é muito interessante, essa proposta de uma vida invisível soa surreal e eu adorei a maneira como isso foi pensado. Então já adianto, foi uma leitura que valeu a pena.
Forçada a se casar, Addie LaRue faz um pacto ansiando pela liberdade, querendo viver a sua vida como bem desejar, livre de todas as amarras. Uma vez lhe disseram para ela não fazer pedidos aos deuses que atendem depois do anoitecer. Mas, num ato de desespero, ela o fez. O que Addie não imaginava é que acabaria sendo esquecida por todos que a conheciam ou que viesse a conhecer. Torna-se impossível deixar marcas. Ela não é ninguém. Resumiu-se a um completo nada. Esse foi o preço que pagou pela sua liberdade.
Não tem como voltar atrás. De repente, toda a sua vida muda e ela precisa ir embora. Não é fácil dia após dia carregar o peso de uma quase inexistência. Trezentos anos depois, cruza com uma pessoa que a surpreende dizendo: Eu lembro de você. Esse é o Henry e ele representa bastante na história.
Muita gente diz que o enredo é maçante de início, mas, na realidade, o julguei essencial. É preciso compreender as circunstâncias da situação, o peso das palavras e o que realmente se quer. A personagem se constrói junto com o leitor, a trajetória da Addie soa tão real que chega a ser penosa. É triste e ela faz de tudo pra não se render. Sua vida ficou uma porcaria, parecia uma piada de mau gosto. Temos vontade que ela nos escute só para que possamos falar: Eu lembro de você! Nós lembramos de você!
O enredo é diferente, inovador e complexo. A linguagem é rebuscada em algumas partes da narrativa, mas ela foi bem construída. A escrita tem um ar poético também. A escrita tem um ar delicado. Há um excesso de informações que vai fazendo sentido aos poucos, talvez por isso muitos tenham considerada a leitura arrastada.
A realidade da sua solidão é pesada e crua. Ela carrega o fardo de ter uma vida invisível, porque, no fim das contas, todos querem ser lembrados.
Eu realmente tô falando desse livro pra todo mundo. Me diz, você já leu? Qual a sua opinião sincera?
Olá!
ResponderExcluirEu não conhecia o livro, amei tanto a sua resenha que já vou pesquisar preço aqui para comprar seja físico ou digital. A história parece ser mesmo tocante. Amei demais e obrigada por deixar transparecer seu sentimento na resenha, ficou claro que gostou mesmo.
Beijos.
https://www.parafraseandocomvanessa.com.br/
Olá, Vanessa. Foi uma leitura super diferente mesmo. Isso de não ser lembrada por ninguém é realmente pesada, achei um enredo bem inovador. Espero que goste também!
Excluirbeijos
Oi, Anni!
ResponderExcluirEu vejo esse livro em todos os lugares e estou começando a considerar lê-lo.. vou deixar a indicação salva por aqui. Amei o post :D
Estante Bibliográfica
Olá, Laura!
ExcluirEsse livro é incrível, recomendo muito!!
Olá, Anni.
ResponderExcluirEsse livro foi minha primeira leitura do ano e amei. Eu sou fã da autora, mesmo que não concorde com seus finais, acho ela super original e seus livros sempre levam a reflexão.
Prefácio
Olá, Sil.
ExcluirÉ bem isso, também não sou muito fã de finais abertos, mas amei a originalidade desse. Esse livro é surreal de incrível, não é?
Oi Anni, esse é um livro que estou querendo muito ler. Mas por conta do hype, estou deixando para o futuro próximo. Que bom que para você o hype valeu a pena. Espero que também valha para mim, hehe.
ResponderExcluirBjks!
Mundinho da Hanna
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Hanna, eu tava adiando a leitura justamente por causa disso, sempre fico muito cismada quando o hype tá muito grande. Mas acabei lendo e valeu super a pena, espero que a leitura também seja boa pra você.
Excluirbeijos!!